segunda-feira, 18 de maio de 2009

História

A presença humana no território data de tempos remotos- ao todo, são cerca de 40 as estações arqueológicas identificadas no concelho de Grândola, abarcando quase todos os períodos da História, desde o Neolítico ao período romano. Destacam-se as ruínas romanas da Penísula de Tróia e as da Herdade do Pinheiro.
Integrada na Ordem Militar de Santiago, Grândola foi uma comenda normalmente organizada, com uma população distribuída por vários núcleos, ocupando quase toda a extensão territorial.
Embora ainda não haja muitos dados sobre a população no que se refere à época medieval, sabe-se que, em 1942, a aldeia teria cerca de 135 pessoas e a comenda, no seu conjunto, 810 habitantes distribuídos por cerca de 180 fogos.

O mais antigo selo de Grândola conhecido apresenta como elemento principal uma cruz de Cristo, o que prova a importância que os cavaleiros professos naquela ordem detinham no senado municipal.

A sua dependência em relação a Alcácer do Sal levou a que os moradores pedissem a D. João III a carta de foral de vila, que lhes foi concedida a 22 de Outubro de 1544. Com esta alteração de estatuto, e em virtude de uma delimitação geográfia aquando da criação da comenda, o novo concelho passou a representar uma área territorial que abrangia, além da freguesia de Grândola, as freguesias de Azinheira dos Bairros, São Mamede do Sado e Santa Margarida da Serra.

O que se refere à sua organização político-administrativa, Grândola dependia da comarca de importantes a moagem, a produção do vinho, a olaria, a tecelagem e a caça.

Em 1679 fundou-se em Grândola um celeiro comum para fazer empréstimos de trigo a lavradores pobres, passando a celeiro municipal aquando da implantação da República.

O séc. XIX, em Grândola, foi um século de progresso. Em 1890 beneficiou da elevação a comarca.

Em finais do séc. XX, em virtude de uma nova reorganização administrativa territorial, passou a integrar a freguesia de Melides, que abrangia os territórios de Melides, de Carvalhal e Tróia.

Entre 1864 e 1950, a evolução económica e demográfica concelhia pautou-se por um crescimento, ainda que diferenciado. Até ao início do séc. XX o crescimento foi residual, baseando-essencialmente na proliferação de pequenas indústrias de transformação da cortiça, situadas na sua maioria na vila de Grândola. Paralelamente, outras zonas do concelho registaram um desenvolvimento económico significou; tal foi o caso do surgimento da exploração mineira em Canal Caveira (1863) e Lousal (1900).

O início do séc. XX ficou ainda marcado pelo desenvolvimento das vias de comunicação, destacando-se o aparecimento do comboio em 1926. Na década de 30, Grândola apresentou um novo impulso de crescimento demográfico e económico, correspondente à campanha do trigo integrada na políica ruralista e agrícola do Estado Novo.


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