quarta-feira, 27 de maio de 2009

Heráldica



Bandeira: esquartelada de amarelo e de preto. Cordões e borlas de ouro e pretro. Haste e lança douradas.
Armas: de prata com um javali passante de negro dentado do metal do campo e acompanhado por dois carvalhos de verde landados de ouro, com troncos e arrancados de negro. Uma ceuz de ordem de Santiago, carregada no cruzamento por um pelicano de ouro ferido de vermelho, alimentando 3 filhos no ninho, tudo de ouro realçado de negro, acompanhada por duas torres de negro abertas e iluminadas do campo. Em contrachefe uma faixa ondada de azul. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco com os dizeres: "Vila de Grândola", de negro.

segunda-feira, 18 de maio de 2009

História

A presença humana no território data de tempos remotos- ao todo, são cerca de 40 as estações arqueológicas identificadas no concelho de Grândola, abarcando quase todos os períodos da História, desde o Neolítico ao período romano. Destacam-se as ruínas romanas da Penísula de Tróia e as da Herdade do Pinheiro.
Integrada na Ordem Militar de Santiago, Grândola foi uma comenda normalmente organizada, com uma população distribuída por vários núcleos, ocupando quase toda a extensão territorial.
Embora ainda não haja muitos dados sobre a população no que se refere à época medieval, sabe-se que, em 1942, a aldeia teria cerca de 135 pessoas e a comenda, no seu conjunto, 810 habitantes distribuídos por cerca de 180 fogos.

O mais antigo selo de Grândola conhecido apresenta como elemento principal uma cruz de Cristo, o que prova a importância que os cavaleiros professos naquela ordem detinham no senado municipal.

A sua dependência em relação a Alcácer do Sal levou a que os moradores pedissem a D. João III a carta de foral de vila, que lhes foi concedida a 22 de Outubro de 1544. Com esta alteração de estatuto, e em virtude de uma delimitação geográfia aquando da criação da comenda, o novo concelho passou a representar uma área territorial que abrangia, além da freguesia de Grândola, as freguesias de Azinheira dos Bairros, São Mamede do Sado e Santa Margarida da Serra.

O que se refere à sua organização político-administrativa, Grândola dependia da comarca de importantes a moagem, a produção do vinho, a olaria, a tecelagem e a caça.

Em 1679 fundou-se em Grândola um celeiro comum para fazer empréstimos de trigo a lavradores pobres, passando a celeiro municipal aquando da implantação da República.

O séc. XIX, em Grândola, foi um século de progresso. Em 1890 beneficiou da elevação a comarca.

Em finais do séc. XX, em virtude de uma nova reorganização administrativa territorial, passou a integrar a freguesia de Melides, que abrangia os territórios de Melides, de Carvalhal e Tróia.

Entre 1864 e 1950, a evolução económica e demográfica concelhia pautou-se por um crescimento, ainda que diferenciado. Até ao início do séc. XX o crescimento foi residual, baseando-essencialmente na proliferação de pequenas indústrias de transformação da cortiça, situadas na sua maioria na vila de Grândola. Paralelamente, outras zonas do concelho registaram um desenvolvimento económico significou; tal foi o caso do surgimento da exploração mineira em Canal Caveira (1863) e Lousal (1900).

O início do séc. XX ficou ainda marcado pelo desenvolvimento das vias de comunicação, destacando-se o aparecimento do comboio em 1926. Na década de 30, Grândola apresentou um novo impulso de crescimento demográfico e económico, correspondente à campanha do trigo integrada na políica ruralista e agrícola do Estado Novo.


quarta-feira, 13 de maio de 2009

Grândola, Vila Morena"

Grândola, vila morena
Terra da fraternidade
O povo é quem mais ordena
Dentro de ti, ó cidade

Dentro de ti, ó cidade
O povo é quem mais ordena
Terra da fraternidade
Grândola, vila morena

Em cada esquina um amigo
Em cada rosto igualdade Grândola, vila morena
Terra da fraternidade

Terra da fraternidade
Grândola, vila morena
Em cada rosto igualdade
O povo é quem mais ordena

À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade
Jurei ter por companheira Grândola a tua vontade

Grândola a tua vontade
Jurei ter por companheira
À sombra duma azinheira
Que já não sabia a idade

Grândola, Vila Morena- História

A canção foi incluida no álbum "Cantigas de Maio", gravado em Dezembro de 1971, onde é a quinta faixa do álbum, que foi gravado em França no espaço de um mês. Zeca Afonso tocou-a pela primeira vez em Santiago de Compostela, Galiza, em 10 de Maio de 1972. No dia 29 de Março de 1974, a música foi tocada no encerramento de um espectáculo no Coliseu de Lisboa. Na assistência estavam militares do MFA, que viriam a escolher a canção como uma das senhas para o arranque da Revolução dos Cravos. Ás 00:25 do dia 25 de Abril de 1974, "Grândola, Vila Morena" foi tocada no programa "Limite", da Rádio Renascença. Era a senha que confirmava o bom andamento das das operações e despoletava o avanço das forças organizadas pelo MFA.

segunda-feira, 11 de maio de 2009

"Grândola, Vila Morena"

Composta e cantada por Zeca Afonso, a canção foi escolhida pelo Movimento das Forças Armadas (MFA) para ser uma senha de sinalização da Revolução dos Cravos. Refere-se à fratenidade entre as pessoas de Grândola e teria sido banida pelo regime salazarista como música associada ao Comunismo. Às 00.25 do dia 25 de Abril, a canção era transmitida na Rádio Renascença como sinal para confirmar as operações da revolução. Por esse motivo ficou associada ao início da Democracia em Portugal.

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Biografia

Evaristo de Sousa Gago

Evaristo de Sousa Gago nasceu a 26 de Junho de 1908, em S. Brás de Alportel.
Frequentou a Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra durante dois anos, tendo concluído o curso em Lisboa. No início dos anos 30, fixou residência em Grândola, onde se casou e passou a exercer medicina. Pessoa extremamente devotada à sua profissão, assumiu-a com verdadeiro espírito de missão, facto que lhe granjeou um enorme respeito e admiração por parte da população do concelho.
Defensor intransigente dos ideais da liberdade e democracia, sempre se opôs ao regime fascista então vigente. Tomou parte activa nos principais movimentos contra o regime tendo sido mandatário, em Grândola, da candidatura à Presidência da República do General Delgado. Aos 50 anos, o povo de Grândola prestou-lhe uma homenagem pública de reconhecimento pela sua dedicação e empenhamento. Faleceu a 17 de Outubro de 1975, sendo reconhecido por todos como uma figura marcante da História do concelho de Grândola.


Biografia


António Inácio da Cruz

António Inácio da Cruz nasceu em Grândola em 1876. Era filho de Francisco António da Cruz e de Maria Inácia Pereira. A fortuna que herdou dos seus progenitores foi toda ela doada á Santa Casa da Misericórdia de Grândola.
Foi um homem reservado e com poucos amigos, mas sempre pronto a ajudar os necessitados. Como não teve descendentes, deixou o seu património ao concelho. Em testamento ficou expressa a sua intenção de ser criada uma fundação com o seu nome, que administraria os bens legados. Os lucros obtidos pela Fundação através da exploração do património, revertiram para as obras da instituição: auxilio a estudantes necessitados de Grândola que tivessem boas notas e também para a construção e manutenção de uma escola de ensino técnico agrícola ou industrial. Durante os anos seguintes, foram dados apoios a alunos necessitados do concelho e em 1964 foi inaugurada a Escola Secundária António Inácio da Cruz. A escola foi totalmente custeada e gerida com o dinheiro da Fundação.

António Inácio da Cruz pereceu vitima de leucemia, a 3 de Abril de 1955, com 78 anos. Está sepultado no cemitério de Grândola. Com o seu nome, existe em Grândola uma escola e uma avenida. No jardim 1º de Maio encontra-se um busto em sua homenagem.

Património


Monumento aos Poetas Populares

Localização: Jardim dos Poetas - Carvalhal, Grândola
Autor: João Limpinho

Inauguração: 25 de Abril 1999


Descrição: Evoca a oralidade- que é o traço forte que distingue e marca esta forma poética- bem como as raízes dos poetas, fortemente ancorado na sua terra, na vida da sua terra e no trabalho da terra, constitui uma homenagem a esses homens e mulheres, que expôem a sua alma passando a verso o quotidiano.